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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Convocatória para o I Encontro de Mulheres da UBES


Muita coisa já avançou na luta das mulheres no Brasil e no mundo. Conquistamos o direito a estudar, o direito ao voto, espaços importantes na política. Elegemos a Presidência da República e nós, mulheres não pararam por aí: continuamos a lutar para que a igualdade não estivesse só no papel, fomos às ruas pedir o fim da violência, igualdade salarial, fim da mercantilização do corpo feminino, paridade nas entidades estudantis, nos partidos, nos espaços de decisão e poder.
Foram muitas as conquistas, mas muitas ainda hão de vir! A sociedade ainda é machista, ainda oprime a mulher, inclusive com violência física. Não queremos apenas ocupar os espaços, queremos decidir.
É por isso que durante o Encontro de Grêmios da UBES, nos reunimos e convocamos a todas as estudantes secundaristas a participar e construir o I Encontro de Mulheres da UBES, para nos organizar a luta das mulheres e combater o machismo nas escolas e em todos os espaços! Para garantir que nossos direitos não estejam apenas no papel, queremos mais, queremos mudanças e queremos agora!
Uma sociedade melhor e mais justa só será alcançada com a luta das mulheres, por isso precisamos estar organizadas para lutar pela liberdade de todas!


ESTUDANTES E MULHERES: LUTAS QUE SE MISTURAM!

As mulheres ajudaram a construir a história vitoriosa da UBES. A luta feminista já faz mais de 100 anos e a UBES fez já tem mais de 60 para contar, portanto a luta das mulheres e luta dos estudantes são lutas que se misturam!
O machismo está presente na vida das estudantes cotidianamente, inclusive na escola. Ainda aprendemos a história contada por homens heróis, as meninas ainda são educadas  para o casamento, para a submissão. Ainda lhes é imposto um padrão de comportamento e até a língua portuguesa, é machista.
As estudantes secundaristas não podem assistir a realidade de forma passiva: vendo suas amigas ficando grávidas aos montes nas escolas públicas, diante de opressões dentro de casa. Não podem aceitar que tenham que trabalhar, estudar, ajudar em casa e ainda receber menos.
As estudantes lutam pela igualdade na sociedade e também dentro das entidades estudantis. Lutam pela paridade na UBES, nas entidades estaduais, municipais e grêmios. Hoje depois de 60 anos de luta, conquistamos uma Diretoria de Mulheres na UBES e vamos realizar o I Encontro de Mulheres Estudantes.
É inegável que muita coisa vem avançando nos últimos anos, com a criação da  Secretaria Especial de Políticas Para as Mulheres que reconhece a desigualdade entre homens e mulheres e luta para transformá-la. Com a Lei Maria da Penha, que criminaliza a violência doméstica, mas a sociedade e as mulheres precisam de mais transformações! A educação e conseqüentemente as escolas, tem que ser um espaço em que se combata o machismo e a opressão, devem ser espaços transformadores da atual lógica de exploração.
Queremos igualdade, queremos o direito de decidir os rumos das nossas vidas sem sermos julgadas por sermos mulheres, queremos liberdade!
Todas ao I Encontro de Mulheres da UBES!


Diretoria de Mulheres da UBES.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Nota de Esclarecimento do Movimento Mudança sobre o KIT Contra a Homofobia do Governo Federal.



O Movimento Mudança, como participante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, defende a utilização de todo e qualquer meio de política pública que combata o preconceito e a descriminação. Sendo assim, defendemos o Kit homofobia feito pelo Ministério da Educação juntamente com uma ampla parcela da sociedade civil e acadêmicos da educação.
Não aceitaremos que o Governo recue em detrimento de posições conservadoras e que contribua ainda mais para o aumento da homofobia, o ódio e o preconceito para com o diferente.
A União Brasileira dos Estudantes, desde a sua fundação, sempre foi a favor da dignidade da pessoa humana e sempre defendeu posições avançadas frente ao combate a qualquer tipo de preconceito. Entretanto, nos últimos dias, foi emitida uma nota como sendo da UBES, se posicionando contra a distribuição dos Kit’s nas escolas de todo o País.
 A UBES nunca emitiu nota contra o Kit Homofobia. Pelo contrário, somos a favor do combate a homofobia dentro das nossas escolas, pois acreditamos em uma educação pautada na formação de atores sociais e jamais norteada pelo ódio.
Acreditamos que esse é um momento onde os nossos grêmios estudantis, entidades que compõe a base da UBES, devem construir um amplo debate em todo o país, apontando por uma escola cada vez mais igualitária e livre de preconceitos. Afirmamos que esta foi mais uma tentativa frustrada de ‘’uma mídia’’ golpista, que a cada dia tenta desmobilizar os movimentos sociais.
 Não aceitaremos que um Governo que foi eleito pela soberania popular, e para avançar nas políticas sociais de desenvolvimento, cometa um retrocesso frente à política de combate a homofobia como foi este que proibiu a distribuição dos Kit’s.
 Entendemos que a Bancada Evangélica e da Família, não pode jamais impor para a Nação Brasileira, suas opiniões como sendo as únicas em todo o Brasil. É preciso que o Estado garanta espaço para o diferente. Só assim é possível vivermos em um país plural e que respeita o ser humano.
 Venha com a gente aprofundar este movimento, Participe com o Movimento Mudança na União Brasileira dos Estudantes secundarista, para defendermos um país mais igual, plural e democrático.


Brasília, 01 de Junho de 2011


Movimento Mudança

Sobre Utopias Virarem Realidade

 "As utopias parecem ser bem mais realizáveis do que se poderia acreditar antigamente. E nós nos encontramos atualmente diante de uma questão angustiante de maneira bastante diversa: Como evitar a sua realização definitiva?.. As utopias são realizáveis. A vida caminha em direção as utopias. E começa um novo século, talvez um século em que os intelectuais e a classe cultivada sonharão com os meios de evitar as utopias e retornar a uma sociedade não-utópica, menos 'perfeita' e mais livre."

Nicolas Berdiaeff

Dia Mundial do Meio Ambiente ( 05 DE JUNHO )


A Metamorfose no Meio, o Ambiente Clama não Ser o Fim

O meio ambiente agoniza,
Reflete no clima sua inconstante situação.
A natureza suplica socorro, mas no alto do morro,
Há irregular exploração.

O homem importa e exporta,
Mas fecha a porta para atitudes de efetiva preservação
Daquele que é a essência à permanência dos seres, da população.
O globo, reduto de águas, matas, a fonte de vida, de contradição.

Em meio a tanto concreto, cimento, tijolo,
Há carros diversos, ultra-modernos.
E o verde? É a cor do papel hegemônico
Que compra o carro que comprou o homem.

A água muda de estado:
 Liquido, gasoso, gelado.
A árvore também muda assim,
Semente, madeira, cadeira de marfim.

O homem apóia-se na Terra que o sustenta,
Mas sustentável deve ser sua ação ao apoiar-se nela.
O que antes foi vantagem, agora parece ser um problema,
A capacidade humana em “criar um novo mundo” tornou-se um dilema.

Lara de Oliveira Cúrcio, 
Diretora de Meio Ambiente da UBES.

sábado, 17 de julho de 2010

As Novas Problemáticas do Ensino Técnico. O Meio Ambiente e o Mundo do Trabalho.

As Novas Problemáticas do Ensino Técnico.
O Meio Ambiente e o Mundo do Trabalho.
“Investir em ensino técnico e tecnológico é fundamental em países que, como o Brasil, passa por um grande processo de desenvolvimento econômico e social. É imprescindível que haja mão de obra qualificada. Com a revolução técnica e científica não há desenvolvimento sem que uma ampla e eficiente rede de educação seja formada”. (MEC - BRASIL, 2004).
ensino técnico ou ensino técnico-profissional se constitui em uma modalidade de ensino vocacional, orientada para a rápida integração do aluno no mercado de trabalhono Brasil ele nasceu entre o Império e a República, e foi ampliado a partir da Era Vargas, de lá para cá diversas mudanças aconteceram no ensino técnico brasileiro, haviam grandes debates iniciados pela esquerda do país que viam com desconfiança a introdução do ensino técnico, visto como mais uma forma de alienar o trabalhador e forma mão de obra para a crescente industrializaçã o do país. 
Ponderado para uma forma de desenvolvimento com foco na questão econômica e não com um olhar para formação de novos atores sociais comprometidos com a sustentabilidade sócio-ambiental, o ensino técnico enfrentou e enfrenta diversas barreiras para sua consolidação como uma nova alternativa para a formação de jovens preparados para o mercado de trabalho e acima de tudo jovens preparados para sociedade. 
Ainda observa-se no ensino técnico um olhar dissociado das grandes problemáticas que a sociedade atual enfrenta, principalmente no que tange aos problemas ambientais e os desafios propostos por esse tema, como seu foco é simplesmente qualificar para o trabalho, o jovem que ingressa nessa modalidade de ensino não consegue identificar em sua atividade fim problemas relativos a sustentabilidade sócio ambiental do país, nem a ligação existente entre o trabalho e a sociedade. 
Logo a introdução dessas novas problemáticas nas grades curriculares do ensino técnico mostra-se como um dos grandes desafios para essa modalidade de ensino superar a simples formação de mão de obra. A educação ambiental que tem como objetivo propiciar ao aluno processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito, valores e ações que contribuem para a transformação humana e social com vistas à preservação do meio ambiente, e ainda, responsabilidade individual e coletiva em relação aos problemas e crises que ameaçam o futuro do planeta, aponta para a superação desse problema. 
Propiciar ao estudante que está sendo capacitado para atuar no mercado de trabalho, uma visão mais abrangente da sociedade e dos desafios políticos e sociais que este irá enfrentar no dia, o coloca no patamar de agente social de transformação, o retirar da condição de sujeito, e o coloca como ator dos processos. Assim a introdução da educaçãoambiental é fundamental na promoção da consciência e deve ser uma estratégia para possibilita formas eficazes e sustentáveis de integração entre a sociedade e a natureza. 
Certo que o debate ambiental se constrói no dia a dia, ao propiciarmos uma formação para o trabalho conciliada com uma formação de cunho sócio ambiental, nós estaremos preparando os jovens para além do mercado de trabalho. É fato que a internalização dos conceitos e práticas sustentáveis mostram-se mais efetivas quando permeiam os processos de aprendizado, essa ação nos possibilitará termos jovens que farão escolhas conscientes e responsáveis no futuro.
Weverton Matias - Diretor de meio-ambiente da UBES  e Cesario Campelo-tecnico do centro dos trabalhadores da amazônia -CTA, Militantes Mudancistas.

Repudio a Intolerância!

Marcello Barbosa

Circula na internet um Manifesto infame e intolerante. Circula um tal Manifesto chamado de “Manifesto São Paulo Para os Paulistas”.

O Brasil sempre foi uma Nação pacifica diferentemente dos países do velho continente europeu. Aqui somos um único povo, porém multicultural, com sotaques diferentes, com diferentes expressões musicais, com rico folclore, com ampla miscigenação, nossa Brasilidade vem do índio, do branco do negro e dos orientais que vieram para cá no século XIX.

Aqui não existem paulistas, paraibanos, pernambucanos, paranaenses, gaúchos ou qualquer outro povo, aqui existe o Brasil! Aqui existe a Brasilidade! Somos uma nação única com povo único, uma nação continental, com ampla riqueza mineral, com diversidade de fauna e flora invejáveis para qualquer outro País

Somos Brasileiros! Somos a Nação que hoje dá exemplo de combate a miséria e a fome ao mundo, uma nação que lidera o outras nações e inspira nações e povos mundo a fora!

Os nazistas na Alemanha, assassinaram 6 milhões de judeus e provocou uma guerra que ceifou a vida de mais de 55 milhões de pessoas, com o ideal de pureza racial e supremacia de uma cultura sobre outra. Quando alguém no Brasil quer questionar a Unidade da Federação, por achar sua cultura superior, por não querer outras pessoas em seu suposto espaço, é esquecer ou ser ignorante em não conhecer a nossa História. Essa pessoa deve se olhar no espelho e com certeza perceberá o óbvio: No Brasil existe um único povo o Povo Brasileiro!

O que seria do Brasil sem os soldados da Borracha no Acre?
O que seria do Brasil sem os Candangos nordestinos em Brasília?
O que seria do Brasil sem os retirantes do Nordeste que construíram a Capital Paulista e o próprio Estado de São Paulo?
O que seria do Brasil sem a nossa Mata Amazônica? Nossos Lençóis Freáticos daquela região?
O que seria do Brasil sem o Frevo do Pernambuco? O Forró da Paraíba? O Rap de São Paulo? O Samba do Rio de Janeiro? O Bugio gaúcho? E todas as expressões culturais que temos em cada Estado que atraem turistas para cá movendo o nosso Comércio?

O Brasil é grandioso por ser uma enorme colcha de retalhos, uma colcha de retalhos que nos torna uma grande Nação, com um Grande Povo que diariamente luta por Mudanças e tem orgulho de ser Brasileiro!

Aos intolerantes, não sinto ódio deles, não sinto raiva deles, muito menos desejo a eles algum mal, mas tenho pena... Tenho pena, pois são tão ignorantes que não conhecem o nosso Brasil e o que é pior não sabe o valor da nossa Brasilidade!

Marcello Barbosa é Militante do Movimento Mudança de São Paulo

Artigo: "A epopéia de Eliza"

Imagine-se assistindo a uma tragédia grega escrita por um grande dramaturgo. O palco pode ser Atenas no século III a.C. ou o Rio de Janeiro em 2010. A personagem principal é uma mulher que se apaixonou por um homem casado. Seu dilema, suas experiências e o desenrolar dessa história formam a trama da peça.

Na sociedade em que Eliza – ela se chama Eliza – vive, é comum que homens comprometidos tenham relações extraconjugais. Às mulheres isso não é permitido, claro. Afinal, lá as leis de propriedade são bem claras: o dono pode fazer o que quiser, cabe ao escravo, à mulher ou ao animal obedecer-lhe, ser fiel e servi-lo quando exigido. Não são considerados cidadãos, portanto não têm direitos.

Mas em determinado momento – no segundo ato, para ser mais precisa –, nossa personagem engravida. Isso ocorre ainda no início do romance entre eles. A questão se torna então muito mais complicada: segundo as leis não escritas, tudo bem o homem pular a cerca, mas sem grandes conseqüências como destruir um casamento ou, pior ainda, deixar um herdeiro!

A choradeira ganha força no palco. O coro entoa o ódio da esposa traída. Eliza aparece no canto direito da platéia, já com seu ventre crescendo.

O goleiro, ops, o marido, é um homem público proeminente e decide dar um basta naquilo. Não teria como arcar com tamanho escândalo moral. Não queria ser responsável por seus atos. Ele resolve forçar a jovem a interromper a gestação.

Entra em cena um observador da história, que coloca a seguinte dúvida: “– Ué, mas isso não era crime? Pode fazer aborto no Brasil?”

Persuadida, Eliza toma a poção feita pelos oráculos, mas por sorte o remédio não tem efeito. Ela de fato queria a criança. Os deuses devem ter ouvidos suas preces.

A narrativa avança no tempo e, alguns meses depois, o neném nasce, amparado pela família de Eliza. Ela decide que o goleiro precisa conhecer e reconhecer seu filho. Torna pública a questão e pede auxílio às autoridades locais. Era um menino, um varão, um cidadão! Algo seria feito, sem dúvidas.

Mas Eliza tinha ido longe demais. Seu ex-amante, que antes a amava, planeja em detalhes seu assassinato. Era a única forma de não tê-la mais importunando a sua vida. Uma história dessas poderia, afinal, impedir sua ascensão profissional, comprometer sua imagem e, pior ainda, dilapidar sua fortuna crescente.

Achava que ninguém daria falta dela. Era, afinal, uma mulher sem grande notoriedade. E de fato, o apelo aos sábios e à força da lei ainda não havia surtido efeito. Tinha que aproveitar a oportunidade. Pediu ajuda a alguns amigos e tentou não se envolver diretamente na ação.

Daí para frente, as cenas são de horror: Eliza é seqüestrada, mantida em cárcere privado, espancada. Por fim, é morta e esquartejada. Seus restos são oferecidos a Cérbero, guardião do reino de Hades.

O coro entra no final com a lição de moral da história: Eliza foi longe demais para uma mulher. Apaixonou-se de forma livre, engravidou do homem errado, não aceitou suas ordens. Morreu, como deveria ser.

***

O texto lhe pareceu absurdo demais? Bem, ele pode ser resumido em algumas poucas palavras: pelo menos desde a Grécia Antiga a mulher é considerada pela sociedade (machista) inferior ao homem, de onde decorre todo o tipo de preconceito e discriminação. Entre elas, a violência física e o assassinato. De Sócrates a Bruno, a triste verdade é que Eliza é apenas mais uma personagem dessa epopéia feminina.

Texto publicado no Blog Viva Mulher, por Maíra Kubík Mano, jornalista, mestre em Ciência Política, é editora de Le Monde Diplomatique Brasil

Saiba o que fazer quando chegar a Natal para o 11º ENET

A 11ª edição do Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET) da UBES está cada vez mais próxima. Entre os dias 25 e 27 de julho, estudantes de todos os estados vão se reunir em Natal, no Rio Grande do Norte, que irá receber o encontro este ano

Daqui a alguns dias todos estarão com malas prontas e com os pés na estrada em direção ao nordeste. O lugar escolhido para os debates é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), localizado no bairro Tirol.

Para não ficarem dúvidas quanto a chegada na cidade, o alojamento, credenciamento, transporte e alimentação, o portal
EstudanteNet elaborou algumas dicas. Confira

1º Passo: credenciamento
Ao chegar na cidade, a primeira coisa a ser feita é se dirigir até o IFRN para providenciar o credenciamento. O posto de credenciais estará em uma das salas do Instituto. A taxa de inscrição para os estudantes que irão participar do ENET é de R$ 20,00, e dará direito a alojamento, transporte, alimentação e acesso a todas as atividades oferecidas.

2º Passo: alojamento
As escolas que ficam nas proximidades do IFRN servirão de alojamento para os estudantes. Não esqueça de levar colchões, cobertores e travesseiros. Para quem preferir, barracas de acampamento são uma boa opção.

3º Passo: transporte
Os ônibus farão o transporte dos estudantes todos os dias, pela manhã, direto para o IFRN, retornando somente no final das atividades ao alojamento. Portanto, não marque bobeira!

4º Passo: alimentação
No ato do credenciamento, ticket’s serão entregues, garantindo, assim, a refeição dos 3 dias de ENET.

Serviço
O quê? 11º ENET – Encontro Nacional das Escolas Técnicas
Quando? Dias 25, 26 e 27 de julho de 2010
Onde? IFRN - Avenida Senador Salgado Filho, 1559, Tirol – Natal
Inscrição? R$ 20,00. Baixe
aqui o formulário

Informações: (11) 5082-2924; 5084-5219

Da redação do EstudanteNet

domingo, 11 de julho de 2010

Reunião da diretoria da UPES-SP!

No dia 10 de julho de 2010 será realizada a reunião da diretoria da UPES (União Paulista dos Estudantes) a partir das 14h na escola em que estudou Antonio Ribas. Faremos uma homenagem ao companheiro que foi um grande militante do Movimento Estudantil na época da ditadura militar.
Contamos com a presença de nossos companheiros da Mudança!


**Convite enviado por Valdir Júnior, secretário-geral da UPES e militante do Movimento Mudança.

Código Florestal e o Estado de Direito Ruralista

A Constituição Federal determina no seu artigo 5º que “a propriedade atenderá a sua função social”, senão deverá ser desapropriada e destinada à Reforma Agrária, com exceção de pequenas propriedades e áreas produtivas. A função social é cumprida, de acordo com o artigo 186, quando, de forma simultânea, o proprietário faz um aproveitamento racional e adequado; preserva o meio ambiente; respeita as leis trabalhistas e favorece o bem-estar social.
De acordo com censo agropecuário, 50 mil latifundiários com mais de mil hectares controlam mais de 43% das áreas agricultáveis (em torno de 146 milhões de hectares). Só está garantida a manutenção da posse das suas propriedade se a sua atividade estiver acima de índices mínimos de produtividade, cumprir a legislação trabalhista e ambiental.
Será que os latifundiários do agronegócio respeitam a Constituição Federal e cumprem a função social da propriedade? Pela movimentação política de suas entidades de classe e representantes no Congresso, podemos afirmar que não.
Retrocesso
Foi aprovado relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PcdoB) na comissão especial que discute alterações no Código Florestal, na primeira semana de julho. Agora, o projeto será votado no plenário da Câmara dos Deputados. As entidades ambientalistas e os movimentos sociais do campo avaliam que as mudanças representam um retrocesso para a política de preservação ambiental, mas também para a Reforma Agrária.
O relatório aprovado na comissão prevê, entre outros pontos, anistia a todos os latifundiários criminosos que desrespeitaram o Código Florestal até julho de 2008. Ou seja, o conceito constitucional de função social não foi cumprido e essas terras deveriam ser desapropriadas, no entanto, os proprietários serão perdoados. O crime compensa para os ruralistas… Milhares e milhares de hectares que deveriam se transformar assentamentos de sem-terra vão continuar nas mãos de criminosos que não aceitaram a legislação ambiental em vigor.
Institucionalização da ilegalidade
Mesmo antes dessa reforma Código Florestal, o Estado brasileiro vinha sendo omisso. Desde 1988, apenas duas propriedades que descumpriram a legislação ambiental foram destinadas à Reforma Agrária, como determina a Constituição. Se o Congresso Nacional aprovar essas mudanças, o agronegócio conseguirá institucionalizar a ilegalidade de desmatar, manter as propriedades e escapar da desapropriação.
Não é novidade esse procedimento da parte dos ruralistas. É a mesma “técnica” que utilizam com os índices de produtividade. Com sua força política, impedem o cumprimento da Constituição e da Lei Agrária, que obrigam o governo atualizar a tabela com a média da produção de cada localidade, que serve de referência para as desapropriações.
Os índices usados atualmente são de 1975. De lá pra cá, mesmo com toda a propaganda da produtividade do agronegócio, não aceitam parâmetros atualizados para definir a improdutividade. Mesmo com o descumprimento da legislação, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), tenta nos porões do Senado fazer uma manobra para mudar a lei e descaracterizar os índices de produtividade.
Mais uma vez, os interesses dos ruralistas conseguem se sobrepor à Constituição, às leis que regulam a Reforma Agrária e às necessidades dos trabalhadores rurais. O Estado de Direito dos ruralistas se sustenta sobre uma lógica bem simples: cumprem as leis que “interessam”, ignoram e mudam aquelas que os prejudicam.
Tomara que a sociedade brasileira se posicione contra a aprovação dessas mudanças no plenário da Câmara, que viabilizam o avanço do agronegócio e das empresas transnacionais sobre as nossas terras. Um bom começo é questionar os candidatos à Presidência, aos governos estaduais e ao Parlamento sobre o que propõem em relação ao Código Florestal e, principalmente, se vão se curvar à bancada ruralista e ao agronegócio, que têm um poder que paira sobre a democracia.

*** Texto de Igor Felippe Santos, que é jornalista, editor da Página do MST, integrante da Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária e do Centro de Estudos Barão de Itararé.
"Devemos Ser a Mudança Que Queremos Ter"